Arnaus terá sido um artista particularmente imaginativo e de capacidades técnicas muito superiores a outros artistas, sendo considerado o mais interessante artista fresquista do Renascimento português.

A importância do fresquista, que também seria um grande pintor em cavalete, arte considerada mais nobre na época, revela-se pelo facto de ter trabalhos encomendados por figuras de peso da sociedade da época, nomeadamente o abade de Pombeiro, D. António de Mello.

Esta campanha artística do Mosteiro de Pombeiro, terá incluído trabalhos nas igrejas de Vila Verde, Santa Eulália de Arnoso e Vila Marim, todas na posse do Mosteiro de Pombeiro.

O virtuosismo de Arnaus leva-o a aproveitar a relação simbiótica entre a pintura mural e a arquitetura, servindo-se habilmente das janelas, reentrâncias e arcos cegos para criar, ou aumentar, os efeitos cenográficos de ilusão de ótica.

Através desta técnica, acrescenta Afonso, Arnaus proporciona à sua arte um maior realismo e uma maior profundidade.